quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

SOMOS UNIVERSAIS



Olá pessoal!

Cá estou para falar um pouco sobre o respeito a todas as crenças.
Nos dias atuais, ainda existem algumas confusões sobre atitudes de alguns seguidores, gerando críticas e às vezes um mal estar entre crenças opostas. Não vou discutir a fundo sobre cada doutrina, porque são muitas e cada seguidor adere de qualquer doutrina o que é de fato coerente para si e para sua vida e o que ele realmente acredita, apenas pretendo expor um pensamento para que não haja tanta confusão sobre seguidores e crenças alheias.
Bem, vou começar falando de doutrinas espiritualistas, eu sempre gostei da visão espiritualista, percebo que muitas vezes seus seguidores sofrem de alguma forma certo tipo de preconceito, infelizmente, e claro, não por parte de todos.
Muitas vezes o espiritualista é visto como uma pessoa resignada ao sofrimento por achar que tudo é merecedor pelo fato de ser Kármico, e de certa forma são resignados, sim, mas atenção: aceitação não significa inércia, até porque os espiritualistas e espíritas acreditam muito no livre arbítrio, nas ações positivas e, no entanto, merecedoras para mudar ou ao menos estagnar tal momento ruim em que passam. Os kardecistas, por exemplo, mesmo crendo que muitos acontecimentos são devido as "dívidas" de vidas passadas, não são acomodados só porque "aceitam" esses chamados "testes da vida" que todo ser humano tende a passar . Esse conceito de que todo kardecista se resigna de forma acomodada por aceitar as dificuldades, hoje, em tempos atuais deveria estar ultrapassado, a doutrina como muitas outras apenas os ensinam a não blasfemar e entender que nenhuma folha cai em hora imprópria e que os momentos não acontecem por acaso, que em tudo há um aprendizado para a evolução do espírito, aliás, no meu conceito, uma forma bem madura de conceber os percalços da vida.
Outra religião que ainda sofre muito preconceito é a Umbanda, muitas vezes confundida com macumbaria. Umbanda é caridade. 
A mediunidade na Umbanda bem como em outras religiões que trabalham com médiuns requer uma dedicação de coração à vida espiritual, e se torna simples quando é trabalhada com disciplina e aceita de corpo e alma. Os pontos cantados e riscados, o atabaque, os incensos, tudo tem um porquê na Umbanda. O verdadeiro Umbandista não trabalha para o mal, ele deve ter a alta compreensão da vida, e muitos assim o fazem dignamente, como acredito que muitos irmãos de outras religiões também.
Muitas pessoas me perguntam, por exemplo, sobre a Wicca, mesmo nos dias atuais apesar da evolução que houve no mundo sobre o entendimento das religiões, para alguns ainda falta esclarecimento, e é muito natural, pois a Wicca está sendo mais "aflorada" somente nos últimos tempos.
Simplificando, a Wicca baseia-se no culto à natureza, na manutenção das ervas e também na valorização do sagrado feminino, um dos objetivos do Wiccano é o auto conhecimento e a busca do equilíbrio do ser humano e seu meio. Eles acreditam que tudo que fazem de bom ou ruim voltará para eles mesmos 3 vezes mais, isso para a Wicca é uma lei, chamada LEI TRÍPLICE, muito considerada para eles, isso já basta para que alguns conceitos de que a Wicca é má e faz parte com satã sejam infundados. A religião nada tem a ver com o demônio, Wiccanos não são pessoas obscuras que se vestem de preto e andam por cemitérios. O que causa essa confusão são falsos seguidores que por falta de compreensão acabam expondo costumes equivocados ou seguidores de outras religiões que acusam sem antes, obter uma informação idônea.
Esse tipo de conflito é muito comum de se ver e acontece em toda e qualquer religião, não só na Wicca, na Umbanda ou no Kardecismo. Não só nas doutrinas espiritualistas, mas também seguidores de outras crenças são muitas vezes confundidos em sua cultura. Eu poderia ainda citar mais algumas que sofrem preconceitos, até mesmo as que não fazem parte do universo místico, porém é desnecessário, cabe a nós, perceber que as religiões em geral tem praticantes inadequados à elas, infelizmente, algumas vezes apenas vítimas de falsos profetas que em sua forma de agir causam repugnância em pessoas de outras crenças, por isso, estudar, procurar conhecer e ler sobre vários dogmas seria um bom caminho para que houvesse menos incompreensão e críticas sobre outras religiões. Eu não sou dona da verdade, e acho que ninguém é, cada pessoa sabe o que é melhor para si, o meu intuito não foi enaltecer certas doutrinas, e sim, demonstrar que é através da busca pelo conhecimento e pelo interesse em expandir a mente que gera a aceitação de pensamentos opostos, o texto vai além, aconselha a abrir o coração para com vossos irmãos de jornada e esse fator importantíssimo deve permanecer não só dentro das religiões em comum, mas principalmente em religiões diferentes, eu noto que cada ser humano que compreende o seu aprendizado e ao mesmo tempo de seu próximo, mesmo que não concorde, obtém consciência que cada etapa resulta em novos momentos de evolução e que cada pessoa tem o seu momento particular e oportuno para adquirir conhecimentos diferenciados e novos. Antes de simpatizarmos por essa ou aquela doutrina, seja ela evangélica, católica, kardecista, budista, ou qualquer outra, não importa se a crença é voltada aos Deuses, Deus ou apenas em você mesmo e na ciência, somos humanos. Estamos todos ligados e igualados perante o Universo!
Ser evangélico não significa ser burro, Umbandista não é o mesmo que macumbeiro, ateu não é bandido e as bruxas não bebem sangue.
Não devemos generalizar, mais amor e menos fanatismo, no final, valerá à pena por um mundo melhor.

Diga não à perseguição religiosa e sim a liberdade de crer!
Somos Universais!

Paz, luz e um feliz reencontro!

Nota: Essa matéria de minha autoria se encontra na REVISTA LOBAS.



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