segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Blessed Be


Significado de "Blessed Be" 

Originariamente, o "Blessed Be" é a forma contraída de um cumprimento ritual wiccano (Gardneriano/Alexandrino, principalmente, mas usado por todos os
sub-grupos de wicca), usado com formalidade e intimidade. É também
chamado de Beijo Quíntuplo (Five-fold Kiss). O cumprimento é realizado
entre o Sacerdote e a Sacerdotiza do Coven, ou pelos membros do Coven
entre si, mas apenas entre homens e mulheres, pois é a saudação do
feminio pelo masculino e vice-versa.

A Sacerdotiza e o Sacerdote ficam frente a frente. O Sacerdote ajoelha-se diante dela, e beija seus pés, dizendo: "Abençoados sejam (blessed be), teus pés, que e conduzem
pelo Caminho".

Depois, beija seus joelhos, dizendo: "Abençoados sejam teus joelhos, que se dobram diante do altar".
Depois, beija a região do útero dela, dizendo: "Abençoado seja teu ventre, que propaga a vida".
Depois, beija seus seios, dizendo: "Abençoados sejam teus seios, que nutrem a vida, formados em beleza".
Depois, beija seus lábios e diz: "Abençoados sejam teus lábios, que proferem os Nomes Sagrados". Os dois se abraçam.

Então, a sacedotiza ajoelha-se diante dele, beijando-o nos pés, joelhos, o falo, peito e lábios, dizendo: "Abençoados sejam teus pés, que te
conduzem pelo Caminho. Abençoados sejam teus joelhos, que se dobram
diante do altar. Abençoado seja teu falo, que a tudo fertiliza.
Abençoado seja teu peito, formado em força. Abençoados sejam teus
lábios, que proferem os Nomes Sagrados" (conforme beija cada local). Os
dois se abraçam.

Portanto, ao cumprimentar outra pessoa com a forma "Blessed Be", concede-se ao outro exatamente um beijo quíntuplo. Ele não deve ser oferecido a qualquer um, mas usado criteriosamente. É
representante de confiança, intimidade e reconhecimento sagrado.



Aigh vie dhuit! (Bênçãos de fortuna e sorte a vocês!)




A Lei Tríplice


É comum os wiccanoss dizerem frases, do tipo: “faça o que quiseres, se for para o bem” e outras frases, que ouvidas ou lidas por pessoas leigas em Wicca, podem ser mal interpretadas e podem levar estes leigos a pensar que nossa religião não tem qualquer tipo de controle, pois “Tudo é Permitido!”, o que sabemos que não é verdade! 

A verdade é que temos a Lei Tríplice, a única Lei Wicca, que na verdade é a mais completa, das 200.000 que poderiam existir. 

Esta Lei se baseia no princípio de que tudo que fizermos retornará para nós (aquele que pratica o ato) 3 vezes maior do que fizemos inicialmente. 

Veja, se desejarmos, por exemplo, que uma determinada pessoa caia e quebre o nariz, pode ter certeza que mesmo demorando este desejo inicial retornará 3 vezes maior fazendo com que você (que desejou) caia, quebre o nariz, os braços e a cabeça! 

É claro que isto é apenas um exemplo, mas acho que serve para você entender o significado da Lei Tríplice. 

Devemos tomar muito cuidado com tudo o que fazemos na Wicca, pois o que pensamos estar certo pode voltar como uma bomba sobre nós. 

Muitas vezes você pode interferir, sem saber, na vida de uma pessoa ou no curso natural das coisas ao seu redor. Esta interferência pode ser ruim para o caminhar natural das coisas ou pessoas. 

Já parou para pensar que as pessoas têm seu livre arbítrio para fazer ou deixar de fazer o que bem entender? 

Antes de ajudar uma pessoa que se encontra enferma numa maca de hospital, você precisa ter o consentimento dela, pois a SUA vontade de que ela melhore e saia do hospital pode ser contrária à da pessoa que quer mais é morrer, porque não vê mais sentido em nada!

O mesmo se aplica àquelas pessoas que por amor ou loucura, não sei, quer “amarrar”, ou seja, obrigar uma pessoa, que nem sabe que ela existe, ficar de “4”, perdidamente apaixonado e cego de amores...Acha isto certo? Acho que não, né? Pior ainda quando estas pessoas loucas de amor decidem fazer feitiços usando as energias e procedimentos mirabolantes para conseguir o que quer! E Conseguem!!!!!! Não é novidade nenhuma escutar casos de casamentos desfeitos e tragédias homéricas por causa destas ações. Com certeza, o troco chegará, cedo ou tarde, mas, chegará! 

Para estas pessoas, um recadinho: CUIDADO!!! 

Claudiney Pietro, em seu livro “Wicca – Ritos e Mistérios da bruxaria moderna”, diz o seguinte: 

“Quando interferimos no livre arbítrio de uma pessoa estamos efetuando um ato negativo contra a pessoa e contra nós mesmos. Quando um Bruxo faz isso, está trabalhando com a Baixa Magia, e ele pagará caro, pois o Universo nos retribui tudo o que emitimos aos outros numa escala de 3.” 

Ponha uma coisa em sua cabeça: NO UNIVERSO HÁ A FAMOSA LEI DO REFLEXO, OU SEJA, TUDO QUE VOCÊ FAZ, VOLTA PARA VOCÊ MESMO E MUITO MAIS FORTE! Ponto final e não discutamos mais sobre esta questão.

Claudiney, prossegue afirmando que os feitiços são parte integrante do núcleo operacional da Wicca. Este feitiço é colocado pelo autor como sendo “um conjunto de técnicas e conhecimentos específicos que quando colocados em prática, enviam uma projeção mental ao Universo”...”Um feitiço age DIRETAMENTE com a natureza”... “Tudo na natureza é vivo e possui energias específicas acumuladas”...”quando canalizadas corretamente, passam à agir em benefício daqueles que sabem utilizá-las”. 

Você precisar ser consciencioso quando usar suas energias em seus ritos. Tenha em mente que apesar de muitas vezes esquecermos deste detalhe, NÃO SOMOS SENHORES DA MAGIA, DAS PESSOAS E DAS SITUAÇÕES!

Scott Cunningham em seu livro Guia Essencial da Bruxa Solitária dá algumas dicas de como você utilizar bem seu poder evitando assim, ser punido por seu mal uso. Vamos a elas: 

1. O Poder não deve ser usado para gerar danos, males ou para controlar os outros. (Se surgir necessidade para tais atos, o Poder deverá ser usado APENAS para proteger sua vida ou de outros); 

2. O Poder só deve ser utilizado conforme as necessidades; 

3. O Poder pode ser utilizado em seu benefício, desde que ao agir não prejudique ninguém; 

4. Não é sábio aceitar dinheiro para utilizar o Poder, pois ele rapidamente controla o que o recebe. Não seja como os de outras religiões; 

5. Não utilize o Poder por motivo de orgulho, pois isto desvaloriza os mistérios da Wicca e da magia; 

6. Lembre-se sempre de que o Poder é um Dom sagrado da Deusa e do Deus, e não deve JAMAIS ser mal usado ou abusado; 

Agora vai minha dica: antes de agir em favor ou contra algo ou alguém, pare, reflita em cada uma destas dicas de Scott Cunningham e veja se não fere nenhuma. Se estiver tudo certo, siga tranqüilo 

Fonte Bibliográfica CUNNINGHAM, Scott: Guia Essencial da Bruxa Solitária, Editora Gaia; PIETRO, Claudiney: Wicca Ritos e Mistérios da Bruxaria Moderna, Editora Germinal










O Pentagrama


O PENTAGRAMA
"Texto de Deise G. Ruas" 

Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi em busca de imagens, objetos, e criou símbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção. 

Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza, então, o andrógino. 

O pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo consequentemente chamado de "Laço Infinito". 

A potência e associações do pentagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é um símbolo onipresente entre os neo-pagãos, com muita profundidade mágica e grande significado simbólico.

PENTAGRAMA-ORIGEM, RITOS E CRENÇAS

Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do pentagrama aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia "aos quatro cantos do mundo". Entre os Hebreus, o símbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Às vezes é incorretamente chamado de "Selo de Salomão", sendo, entretanto, usado em paralelo com o Hexagrama. 

Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As. Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do pentagrama, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia. A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como " A Proporção Dourada", que ao longo da arte pós helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos. 

Para os agnósticos, era o pentagrama a "Estrela Ardente" e, como a Lua crescente, um símbolo relacionado à magia e aos mistérios do céu noturno. Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o símbolo do útero da terra, guardando uma relação simbólica com o conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o símbolo do pentagrama à deusa Morrigan. 

Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo cristão . Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.

O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifania, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neo-pagão do pentagrama. 

Em tempos medievais, o "Laço Infinito" era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas. 

Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da "Ordem dos Templários", ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Há grande evidência da criação de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama, centrados nesse pentagrama natural, na localização de numerosas capelas e santuários nessa área. 

Está claro, no que sobrou das construções dos Templários, que os arquitetos e pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria do pentagrama e a "Proporção Dourada", incorporando aquele misticismo aos seus projetos. 

Entretanto, a "Ordem dos Templários" foi inteiramente dizimada, vítima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Se iniciaram os tempos negros da Inquisição, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetição em câmara-lenta da peste negra, por toda a Europa.

Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos "interesses" da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O pentagrama foi visto, então, como simbolizando a cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar. 

Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência. Ervas potentes e drogas trazidas do leste durante as Cruzadas, entraram na farmacopéia dos curandeiros, dos sábios e das bruxas. Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as bruxas pagãs e para os sábios, que tinham o conhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos. 

Durante a purgação das bruxas, outro deus cornudo, como Pan, chegou a ser comparado com o diabo (um conceito cristão) e o pentagrama - popular símbolo de segurança - pela primeira vez na história, foi associado ao mal e chamado "Pé da Bruxa". As velhas religiões e seus símbolos caíram na clandestinidade por medo da perseguição da Igreja e lá ficaram definhando gradualmente, durante séculos.

DO RENASCIMENTO ATÉ HOJE

As sociedades secretas de artesãos e eruditos, que durante a inquisição viveram uma verdadeira paranóia, realizando seus estudos longe dos olhos da Igreja, já podiam agora com o fim do período de trevas da Inquisição, trazer à luz o Hermetismo, ciência doutrinaria ligada ao agnosticismo surgida no Egito, atribuída ao deus Thot, chamado pelos gregos de Hermes Trismegisto, e formada principalmente pela associação de elementos doutrinários orientais e neoplatônicos. Cristalizou-se, então, um ensinamento secreto em que se misturavam filosofia e alquimia, ciência oculta da arte de transmutar metais em ouro. O simbolismo gráfico e geométrico floresceu, se tornou importante e, finalmente, o período do Renascimento emergiu, dando início a uma era de luz e desenvolvimento. 

Um novo conceito de mundo pôde ser passado para a Europa renascida, onde o pentagrama (representação do número cinco), significava agora o microcosmo, símbolo do Homem Pitagórico que aparece como uma figura humana de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz; o Homem Individual. A mesma representação simbolizava o macrocosmo, o Homem Universal - dois eixos, um vertical e outro horizontal, passando por um mesmo centro. Um símbolo de ordem e de perfeição, da Verdade Divina. Portanto, "o que está em cima é como o que está embaixo", como durante muito tempo já vinha sendo ensinado nas filosofias orientais. 

O pentagrama pitagórico - que se tornou, na Europa, o de Hermes, gnóstico - já não aparece apenas como um símbolo de conhecimento, mas também como um meio de conjurar e adquirir o poder. Figuras de Pentagramas eram utilizadas pelos magos para exercer seu poder: existiam Pentagramas de amor, de má sorte, etc.

No calendário de Tycho Brahe "Naturale Magicum Perpetuum" (1582), novamente aparece a figura do pentagrama com um corpo humano sobreposto, que foi associado aos elementos. Agripa (Henry Cornelius Von de Agripa Nettesheim), contemporâneo de Tycho Brahe, mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo. 

Mais tarde, o pentagrama veio simbolizar a relação da cabeça para os quatro membros e consequentemente da pura essência concentrada de qualquer coisa, ou o espírito para os quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo - o espírito representado pela quinta essência ( a "Quinta Essência" dos alquimistas e agnósticos). 

Na Maçonaria, o homem microcósmico era associado com o Pentalpha (a estrela de cinco pontas). O símbolo era usado entrelaçado e perpendicular ao trono do mestre da loja. As propriedades e estruturas geométricas do "Laço Infinito" foram simbolicamente incorporadas aos 72 graus do Compasso - o emblema maçônico da virtude e do dever. 

Nenhuma ilustração conhecida associando o pentagrama com o mal aparece até o Século XIX. Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant) ilustra o pentagrama vertical do homem microcósmico ao lado de um pentagrama invertido, com a cabeça do bode de Baphomet ( figura panteísta e mágica do absoluto). Em decorrência dessa ilustração e justaposição, a figura do pentagrama, foi levada ao conceito do bem e do mal.

Contra o racionalismo do Século XVIII, sobreveio uma reação no Século XIX, com o crescimento de um misticismo novo que muito deve à Santa Cabala, tradição antiga do Judaísmo, que relaciona a cosmogonia de Deus e universo à moral e verdades ocultas, e sua relação com o homem. Não é tanto uma religião mas, sim, um sistema filosófico de compreensão fundamentado num simbolismo numérico e alfabético, relacionando palavras e conceitos. 

Eliphas Levi foi um expositor profundo da Cabala e instrumentou o caminho para a abertura de diversas lojas de tradição hermética no ocidente: a "Ordem Temporale Orientalis" (OTO), a "Ordem Hermética do Amanhecer Dourado" (Golden Dawn), a "Sociedade Teosófica", os "Rosacruzes", e muitas outras, inclusive as modernas Lojas e tradições da Maçonaria. 

Levi, entre outras obras, utilizou o Tarot como um poderoso sistema de imagens simbólicas, que se relacionavam de perto com a Cabala. Foi Levi também quem criou o Tetragrammaton - ou seja, o pentagrama com inscrições cabalísticas, que exprime o domínio do espírito sobre os elementos, e é por este signo que se invocavam, em rituais mágicos, os silfos do ar, as salamandras do fogo, as ondinas da água e os gnomos da terra" ("Dogma e Ritual da Alta Magia" de Eliphas Levi). 

A Golden Dawn, em seu período áureo (de 1888 até o começo da primeira guerra mundial), muito contribuiu para a disseminação das raízes da Cabala Hermética moderna ao redor do mundo e, através de escritos e trabalhos de vários de seus membros, principalmente Aleister Crowley, surgiram algumas das idéias mais importantes da filosofia e da mágica da moderna Cabala.

Em torno de 1940, Gerald Gardner adotou o pentagrama vertical, como um símbolo usado em rituais pagãos. Era também o pentagrama desenhado nos altares dos rituais, simbolizando os três aspectos da deusa mais os dois aspectos do deus, nascendo, então, a nova religião de Wicca. Por volta de 1960, o pentagrama retomou força como poderoso talismã, juntamente com o crescente interesse popular em bruxaria e Wicca, e a publicação de muitos livros (incluindo vários romances) sobre o assunto, ocasionando uma decorrente reação da Igreja, preocupada com esta nova força emergente. 

Um dos aspectos extremos dessa reação foi causado pelo estabelecimento do culto satânico - "A Igreja de Satanás" - por Anton La Vay. Como emblema de sua igreja, La Vay adotou o pentagrama invertido (inspirado na figura de Baphomet de Eliphas Levi). Isso agravou com grande intensidade a reação da Igreja Cristã, que transformou o símbolo sagrado do pentagrama, invertido ou não, em símbolo do diabo. 

A configuração da estrela de cinco pontas, em posições distintas, trouxe vários conceitos simbólicos para o pentagrama, que foram sendo associados, na mente dos neo-pagãos, a conceitos de magia branca ou magia negra. Esse fato ocasionou a formação de um forte código de ética de Wicca - que trazia como preceito básico: "Não desejes ou faças ao próximo, o que não quiseres que volte para vós, com três vezes mais força daquela que desejaste."

Apesar dos escritos criados para diferenciar o uso do pentagrama pela religião Wicca, das utilizações feitas pelo satanismo, principalmente nos Estados Unidos, onde os cristãos fundamentalistas se tornaram particularmente agressivos a qualquer movimento que envolvesse bruxaria e o símbolo do pentagrama, alguns Wiccanianos se colocaram contrários ao uso deste símbolo, como forma de se protegerem contra a discriminação estabelecida por grupos religiosos radicais. 

Apesar de todas as complexidades ocasionadas através dos diversos usos do pentagrama, ele se tornou firmemente um símbolo indicador de proteção, ocultismo e perfeição. Suas mais variadas formas e associações em muito evoluíram ao longo da história e se mantêm com toda a sua onipresença, significado e simbolismo, até os dias de hoje.












Altar Wicca


Sempre que possível, uma Bruxa deve ter seu Altar, que deverá ser seu ponto de ligação com os Deuses. Não precisa ser nada complicado ou Luxuoso. 

O ideal é que o altar seja posicionado no Norte pois acredita-se que este é o lugar onde "moram" os deuses, sendo considerado o ponto de partida para todas as operações mágicas. Montar um altar mágico não é nada difícil, pois a maioria dos instrumentos nós todos temos em casa. 

Uma vela preta é colocada a Oeste simbolizando a Deusa, e uma vela branca a Leste para o Deus. 

No Altar deve estar o Cálice e o Athame, o Pentagrama, a Varinha e outros objetos utilizados nos rituais. Também é comum se colocarem símbolos para os Quatro Elementos, como uma pena para o Ar, uma planta para a Terra, uma vela vermelha ou enxofre para o Fogo, e, logicamente, Água para esse mesmo Elemento. 

Muitas pessoas colocam um símbolo para a Deusa e o Deus, como uma concha e um chifre, ou mesmo estátuas e gravuras dos Deuses. Abuse da sua criatividade, pois o Altar é o seu espaço pessoal, onde deve ser colocado todo o seu Amor. 

Se, por algum motivo, você não puder montar um Altar onde você mora, crie um espaço na sua imaginação, pois o verdadeiro Templo está dentro de você, ou vá para a Natureza e faça dela o mais lindo de todos os santuários. 

Se você quiser se aprofundar sobre o significado do altar, de como criar seu espaço sagrado, até mesmo no trabalho (lugar onde sempre perdemos preciosa energia pessoal), recomendo o livro da Peg Streep, "Altar, a Arte de Criar um Espaço Sagrado", da Bertrand Brasil. 

"Na Magia, todo gesto tem um significado, pois eles são usados como representações físicas das realidades interiores. Na hora em que um bruxo pega na mão o seu instrumento mágico e o ergue no ar de uma determinada maneira, é a ordem para o invisível liberar as hostes das qualidades do instrumento utilizado".


Boa Sorte!






domingo, 12 de fevereiro de 2012

Wicca: Desmistificando Tabus.


Wicca é uma religião. Não é uma seita, tampouco um culto. A tradição, como é chamada, é uma religião de natureza xamanística, que a priori enfoca a natureza, a mulher e o homem. A Wicca - nome dado a arte da feitiçaria moderna - como religião, integra o paganismo atual ou movimento neopagão, como muitos preferem chamar, contudo sua origem está no período paleolítico, o que o torna uma fé pré-cristã. Vale lembrar que o paganismo não se opõe e nem nega qualquer outra religião. O próprio termo o define como fé naturais e nativas. 

Algumas observações sobre o pensamento pagão:

1 - A divindade é imanente ou interna, bem com transcendente ou externa: "Você é deusa"; "Você é Deus". 

2- A multiplicidade de deuses e deusas são facetas, arquétipos de como melhor se comunicar com a força viva do todo pela personificação em partes - cria-se um elo maior com o todo criando uma conexão do amor com uma deusa chamada Afrodite, do que simplesmente usar uma face única chamada Deus. A Wicca é monoteísta, personificando a visão do todo em partes para criar mais laços com o seu próprio microcosmo. 

3- A vida é para viver repleta de alegria, amor, prazer e humor. Os conceitos ocidentais de pecado e retribuição divina são considerados distorções das experiências de crescimento. 

4- Com treinamento e intenção apropriados, as mentes e os corações humanos são capazes de realizar toda magia e milagres de que necessita. 

5- O mínimo de dogma e o máximo de ecletismo. Os pagãos relutam em aceitar qualquer idéia sem uma investigação pessoal e que desejam adotar e usar qualquer conceito que considerem útil, independente da origem.

Os adeptos da religião Wicca são chamados de Wiccans - o termo Wiccanianos - é uma infeliz tradução - ou bruxos. Os Wiccans não aceitam o conceito de pecado original ou do mal absoluto, não acreditam num céu ou num inferno, mas somente naqueles que são as suas criações próprias. 

Os Wiccans não cultuam os diabos, demônios ou qualquer entidade criada pelo cristianismo, tampouco acreditam na existência do demônio. Como a história claramente comprova, era comum o fato de deuses e deusas de uma religião serem transformados em diabos e demônios da seguinte. O diabo é um instrumento de propaganda antipagã inventada pela Igreja Cristã. Ele nunca existiu na bela literatura escrita antes do Novo Testamento. A arte é uma religião pré-cristã que já existia há muito tempo antes da Igreja ou do seu conceito de Satã. O diabo é estritamente parte do sistema de crença cristão e não da religião telúrica e de amor à natureza de Wicca. 

Como religião, a Wicca possui aqueles que seguem os seus conceitos e celebram os solstícios e equinócios entrando em equilíbrio com a Mãe Natureza e os sacerdotes que além disso buscam um aprofundamento maior na sua introspeção, no estudo da magia, no estudo da arte da divinação, na estudo das ervas medicinais, enfim, nos estudos místicos para habilitar-se a realizar casamentos, batizados, aconselhamentos, curas do corpo e da alma. Conheço muito bruxos e bruxas que nunca realizaram magia.

Por isso, tabus como a bruxaria lida com o diabo, com magia negra (como se existisse cor), mata criancinhas, vive em grupos secretos não revelando que são bruxos e inúmeros outros devem ser desmistificados para não continuarmos ofuscados por superstições e crendices como na Idade das Trevas, no fim da Idade Média.


Abençoados todos
Que conhecem o
Sagrado feminino.




O que é Wicca?



A cultura celta foi uma das mais importantes culturas que predominaram na Europa milhares de anos antes da ascensão e conquista de Roma. Os celtas surgiram na Europa Central em meados do II milênio a.C. e provavelmente se originaram dos povos indo-europeus do continente Asiático, na época do Bronze Tardio e espalharam-se por todo continente europeu a partir da Idade do Ferro. 

Os primeiros relatos da existência dos Celtas na Inglaterra e Península Ibérica datam de 1000a. C. Começaram a ocupar as margens do rio Danúbio e Sul da Alemanha a partir de 600 a. C. O avanço das artes e da cultura céltica aconteceu na Suíça às margens do rio Neuchâtel e em La Téne. A partir daí entre os séculos III e V a. C espalharam-se por toda Europa chegando à Turquia e Ásia Menor. Pesquisadores afirmam que os Celtas permaneceram na Irlanda até a época de Cronwell, mais ou menos no século XVII. 

Apesar de terem se espalhado por longas distâncias e países diferentes, a cultura celta jamais se fragmentou, pois haviam forças maiores que os unia: a língua, a arte e a religião. 

A Religião dos celtas era o Druidismo, uma das religiões mais antigas do mundo. Na organização da sociedade celta, os Druidas exerciam um papel fundamental e de maior importância, já que eram os ministros da religiosidade, guardiões das tradições, cultura e da teologia. O Druidismo eram uma religião politeísta e seus ritos sempre eram realizados ao ar livre, pois os Deuses jamais poderiam ser reverenciados em templos feitos pelas mãos humanas e assim a natureza era reverenciada como a Única forma de atingir a essência das divindades. 

A raiz filosófica-espiritual dos Celtas era baseada na reverência à duas Grande Divindades: a Grande Deusa Mãe e o Deus Cornífero, chamados de Ceridwen e Cernunos. 

Essas duas Grande Divindades garantiam a prosperidade da descendência, da agricultura, do gado e o sucesso na guerra. O calendário céltico tinha uma estreita relação com a agricultura e os ciclos sazonais da natureza.

O Druidismo ou a religião céltica pode ser exprimida como o culto à Grande Deusa Mãe, a própria natureza, em todas as suas manifestações. 

Os Druidas ensinavam sobre a arte da agricultura, da cura com ervas, da caça entre outras coisas. Realizavam as festas ritualísticas em homenagem as Divindades, além de iniciarem as pessoas nos preceitos da arte da Magia. 

A iniciação nos mistérios druídicos durava em média 20 anos e os ensinamentos eram transmitidos oralmente, pois temiam que a palavra escrita pudesse se tornar veículo de Magia incontrolável. Eram versados na adivinhação, onde utilizavam bastões oculares chamados de coelbren para predizer o futuro. 

A classe sacerdotal era dividida entre homens e mulheres, mais a sociedade era extremamente matriarcal. Originariamente o sacerdócio era totalmente feminino. As Druidesas eram divididas em 3 classes: a primeira vivia enclausurada para alimentar o constante fogo da Deusa Brigit. As outras 2 classes se casavam e eram as principais participantes nos rituais sagrados. 

A raiz filosófica-espiritual dos celtas era baseada na reverência à GRANDE DEUSA MÃE e ao DEUS CORNÍFERO. Os pagãos diziam que o Universo foi criado à partir do corpo e da mente da Grande Deusa. Ela é o princípio que simboliza a fecundação e a criação, Mãe de todos os Deuses. Seu filho e consorte, o Deus Cornífero, representa a fertilização. 

No final da Idade de Bronze, que data de 5000 a.C. à 2000 a.C., encontramos muitos indícios de culto à Deusa Mãe. Pesquisas arqueológicas trouxeram à tona diversas obras de arte, da mais antigas, que são representações humanas do arquétipo da mãe. Estas descobertas se estendem por toda Europa, África, Escandinávia e diversas outras localidades.

Estatuetas femininas esculpidas em osso, marfim, barro, argila e pedra representando mulheres nuas com longos cabelos, grandes ventres e seios, sempre foram encontradas nas proximidades de lugares sagrados e em sepulturas, significando algo sagrado e de simbologia religiosa.

Os homens primitivos, nossos ancestrais, sempre consideraram que o poder divino que presidia a criação era feminino e não masculino, como o cristianismo impôs ao mundo. Torna-se evidente que as crenças religiosas centrais da Europa envolvia a adoração da Grande Deusa Mãe (a Terra e a Lua) e ao Deus (o sol). 

Com o advento do século XXI e consequentemente da Era de Aquário, todos estes velhos conceitos estão voltando à tona e ressurge em todo mundo com uma força brutal as crenças e todo o poder da Magia dos Antigos Celtas. A bruxaria é a antiga religião dos povos da Europa, que após quase 2000 anos de exclusão e desaparecimento ressurgiu nos idos de 1940 sob o nome de WICCA, como muitos usam hoje quando se referem às crenças e práticas de origem pagãs. 

Talvez o mais antigo relato sobre a prática e a continuidade dos cultos da Bruxaria em nosso século, data de 1921 quando Margaret Murray publicou o livro “The Witch Cult in Western Europe”. Neste livro a famosa e respeitada Dra. Murray revelou que os cultos pagãos pré-cristãos ainda eram conhecidos e realizados em inúmeras partes da Europa. Nesta obra, mencionou que o culta a Cernunos e Ceridwen, os Deuses primordiais dos Celtas, tinha sido incorporado por inúmeros grupos Neo-pagãos atuantes da época. 

Quando Robert Graves publicou em 1948 o livro “The White Goddess”, a Wicca começou a ser reavivada. Mas somente em 1951, quando a última das leis inglesas contra a Bruxaria foi sancionada e Gerald Gardner publicou o famoso livros “Witchcraft Today”, que a Bruxaria explodiu e tornou-se uma religião oficial, constitucional e reconhecida por toda a Inglaterra e de lá imigrou para todo o mundo. 

Desde 1979 o interesse pela Bruxaria cresceu incrivelmente, podemos notar isto através dos vários livros sobre o assunto que foram publicados desta época para cá nos EUA e na Europa.

A Bruxaria tornou-se muito conhecida e professada entre os europeus e norte americanos, porém, nos últimos dois anos houve um crescente interesse pela Bruxaria no Brasil. 

A Magia Wicca surgiu no neolítico nas regiões européias entre os povos da Irlanda, Inglaterra, País de Gales, percorrendo os povos da Itália e da França. O povo Celta, ao invadir a Europa, trouxe suas crenças nativas, que se mesclaram ao conjunto de crendices da população local, dando assim início às práticas Wiccanianas. Apesar da Wicca ter criado raízes entre o povo Celta, é de suma import6ancia ressaltar que a Bruxaria é anterior à estes povos. 

A palavra Wicca vem do saxão witch ou do inglês arcaico wicce que significa “girar”, “moldar”ou “doblar”. Alguns estudiosos porém, afirmam que esta palavra vem da raiz germânica wit que quer dizer”saber”. Deduzimos daí que a palavra Wicca significa a “A SABEDORIA DE GIRAR, DOBRAR E MOLDAR AS FORÇAS DA NATUREZA AO NOSSO FAVOR”, um dos objetivos da Bruxaria. 

Assim como na crença Celta, na Wicca existem duas forças primárias que são veneradas nos rituais, sortilégios e petições: A Grande Deusa Mãe e o seu filho e consorte o Deus Cornífero, um ser meio homem, meio animal, responsável pelos rebanhos e pelas florestas. 

A Deusa é o princípio da feminilidade, da fecundidade e da criação. Seu símbolo é a Lua e na Bruxaria ela é a detentora de 3 personalidades e 3 faces que representam o presente, o passado e o futuro; as 3 fases da Lua que são veneradas – Crescente, Minguante e Cheia; os 3 ciclos da vida – Juventude, maturidade e velhice; as 3 cores sagradas da Bruxaria – branco, vermelho e preto. A Deusa é a Grande trindade feminina de Donzela, Mãe, Anciã, tão comum nas mitologias de várias culturas antigas.

A Wicca é uma filosofia mágica de vida baseada nos ciclos da natureza, incluindo várias formas de Magia Branca e rituais para harmonização pessoal, através das forças da natureza, envolvendo o poder das fases lunares e da 4 estações do ano. Como representação primordial do ressurgimento Pagão numa versão moderna, revive o culto à Grande Deusa e aos Deuses Antigos através de rituais, quase esquecidos, de nossos ancestrais. 

A Bruxaria foi muito deturpada através dos tempos, principalmente pelo clero da igreja Católica que se sentiu ameaçada pelo seu poder, já que o Paganismo era a religião oficial da Europa, antes da chegada do catolicismo. Devido à forte influência da Bruxaria entre os europeus, a igreja promoveu a “Caça às Bruxas”, através da Santa Inquisição. 

Em 330 d.C., o cristianismo foi estabelecido e imposto como religião oficial. A partir daí, muitos dos velhos rituais e Deuses que eram venerados foram abandonados. A aristocracia, sedenta em querer dominar a população e adquirir riquezas uniu sua força ao poder político da nova religião. Mas os camponeses, os verdadeiros pagãos se recusavam veementemente em aceitar a religião cristã e se o fizeram foi por extremada imposição. Mesmo assim, nunca abandonaram seus ritos, práticas mágicas e continuaram a cultura seus Deuses. 

Na idade média, a bruxaria foi colocada em segundo plano e marginalizada pela igreja católica. O objetivo principal da Inquisição era acabar de vez com as crenças wiccanianas, que eram ameaçadoras à nova religião que se preocupava muito mais em enriquecer e acumular fortunas do que levar ao mundo o evangelho. 

Em nenhum momento a bruxaria foi uma religião maligna ou que cultuava os poderes do mal, mas apenas uma forte crença arraigada no coração de todos os antigos europeus e que precisava ser eliminada à qualquer custo pelo cristianismo que crescia.

Os sacerdotes do início da era cristã adaptaram diversos rituais da Bruxaria, anulando desta forma o Culto Pagão pela absorção. Assim, mesmo que de forma disfarçada ocorreu um sincretismo religioso, e massacrando as Divindades e crenças antigas a religião católica ganhou forças e dominou o mundo. 

A Wicca tenta trazer novamente ao conhecimento público os rituais antigos. Hoje nada pode ocorrer além disso, pois muitos dos segredos que a envolviam foram perdidos quando a Bruxaria era considerada crime. Hoje também não existe mais uma linhagem de Sacerdotes como antigamente, mais sim pessoas normais que praticam rituais antiquíssimos cuja origem se perde no tempo. 

A Wicca é a prática mais antiga do mundo, a mesma que inspirou os homens a gravar caracteres rupestres nas cavernas. Por ser uma filosofia centrada na natureza e realidade de vida primitiva, muito do que se era praticado foi adaptado. Porém sua essência não foi perdida e suas práticas possuem tanta eficácia quanto às que eram praticadas no Neolítico. 

A Wicca prega a liberdade de ação e expressão, ensinando o homem a compreender sua verdadeira relação com a Terra e com o que a envolve, pois segundo a crença pagão os Deuses se manifestam através de todas as coisas. 

Celebrando os ciclos da natureza, as estações sazonais, as fases da Lua, os poderes do Sol e das estrelas, os Bruxos realizam seus ritos mágicos e adoram as duas grandes forças polares do Cosmos manifestadas como a Deusa Tríplice do Círculo do Renascimento e o Deus Cornífero, o fecundador da Vida. 

Os Bruxos e Bruxas da Magia Wicca acreditam que essa Deusa e esse Deus estão presentes dentre e fora de nós mesmos, por isso todas as formas de vida devem ser respeitadas como expressão da Grande Divindade. Acreditando que a Terra é a própria manifestação da Deusa, nós Bruxos amamos e cultuamos a natureza ao contrário da maioria das crenças patriarcais que fizeram dos homens os maiores exploradores da Terra, colocando-os contra a natureza.

Na atualidade onde dificilmente há lugar para expressão dos valores femininos e onde não existe qualquer figura feminina como caráter sagrado principal, a perspectiva matrifocal da Wicca contribui para o seu crescimento, tanto junto aos homens como das mulheres. 

A cada dia mais e mais pessoas se voltam às práticas Wiccanianas, já que a Bruxaria é uma filosofia adequada às crises ecológicas, psíquicas e espirituais do homem moderno. Hoje centenas de milhares de pessoas vêm participando freqüentemente de Sabás, Esbats e rituais específicos da Bruxaria. Além disso, a procura por cursos e informações sobre a Wicca cresceu enormemente. 

A Wicca prega o amor incondicional à natureza e por isso tem muito a oferecer ao homem da atualidade que se encontra perdido em meio ao avanço científico e tecnológico. 



(TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO: Wicca – Ritos e Mistérios da Bruxaria Moderna, AUTOR: PRIETO, Claudiney/ EDITORA: Germinal/ ISBN: 85-86439-05-3)




Leia sobre Wicca


ALGUMAS PALAVRAS SOBRE NÓS PAGÃOS

Nós pagãos, muitas vezes passamos por perseguições, somos ridicularizados e, muitas vezes, ainda, apontados como criminosos. 

Tais fatos se devem as falsas idéias enraizadas na mentes das pessoas. 

Para ser sincera, desde que nascemos, escutamos histórias onde o vilão sempre é uma bruxa má, que come criancinhas, ou será que você nunca ouviu falar nas história da branca de neve e joão e maria? 

A figura nestas histórias são aterrorizantes, monstruosas...elas cometem as mais variadas barbáries...ou será que você nunca ouviu aquela em que a bruxa velha e má, com um verruga no nariz coloca o menino dentro do caldeirão para comê-lo depois? 

Creio ser de suma importância explicar que nós pagãos, não somos ruins. 

Não possuímos o mau hábito de adorar diabos, isto facilmente se explica pelo fato, de que, para nós, não existem diabos, demônios ou coisas do gênero. 

Outra questão, fruto da imaginação fértil de pessoas mau informadas, é o fato de afirmar que os pagãos realizam sacrifícios com moças virgens, criancinhas, animais e que bebem sangue, ARGHHHHHH!!! 

Devo novamente dizer que isto NÃO PASSA DE HISTÓRIA DA CAROCHINHA! 

O pior de tudo, é saber que as pessoas escutam e, pior ainda, acreditam nisso!!! 

É claro que existem pessoas que se dizem pagãos e que cometem atrocidades, mas, se você for analisar um pouquinho além do que está nas linhas dos jornais e bocas dos jornalistas nos noticiários da TV, verá que na verdade a tal pessoa NÃO É PAGÃ, mas, sim, um louco... fanático qualquer. 

Posso assegurar que os pagãos, são pessoas pacíficas, amorosas, que amam e respeito vida! 

Por falar em respeito, respeitamos todos os credos, respeitamos a liberdade de cada um em escolher o que é melhor para si. 

A verdade, é que, o que é verdade para um, para o outro não passa de um assunto sem nexo.

POR QUE SER PAGÃO? POR QUE SER WICCAN?
Primeiro, porque, para meu íntimo, esta é a verdade! O que para você pode não ser, e isto já disse acima. 

Além do fator verdade, quando adotamos uma religião, a adotamos porque por um tempo, procurávamos algo que nos preenchesse...para isto, dedicamos horas e horas de estudo, meditações, para cada vez mais nos aprofundar no espírito dela para saber se realmente é o que queríamos...de repente, pluft.... eureka!!! É esta! 

Outra verdade, é que necessitamos de uma religião. 

Religião, pode ser mais facilmente entendida se a entendermos como caminhos. 

Se não me engano, na bíblia, há um capítulo que diz: há um caminho certo e muitos errados...é isto mesmo? Me corrijam se eu estiver errada! 

Voltemos à questão da religião vista como caminhos. 

Hoje em dia, temos o catolicismo, a umbanda, o kardecismo, o candomblé, etc, etc, etc, etc e a Wicca, o paganismo. 

Quando alguém escolheu uma religião, ou seja, um caminho, o escolheu de acordo com suas necessidades, e principalmente, sua necessidade espiritual. Buscou... encontrou...Congratulations!!! 

Qual o caminho? 

Isto é o que menos importa. O que importa é que sendo qualquer um, é um caminho e se foi escolhido, então, este é o caminho certo (PARA VOCÊ) que a bíblia tenta dizer. Confuso? Não! 

Reflita no que estou dizendo. Não existe certo ou errado. Lembra do que disse acima? 

E por que não a bruxaria, a Wicca, o paganismo em todas suas trilhas? 

O paganismo, Wicca e afins, oferecem a mesma capacidade de realizações física, mental e espiritual, desde que o pretendente à nova religião tenha buscado de maneira cuidadosa e sincera. Se a busca foi baseada nesses termos, este também será o caminho CERTO! PONTO FINAL! 

Quase todas religiões possuem lugares próprios para seus cultos de adoração. Os wiccans possuem como lugar próprio de adoração seu círculo magico, que pode ser aberto em seu próprio quarto, sala, área de serviço ou ainda a própria natureza, e o mais legal, ser aberto num dia de chuva em seu quarto e no dia seguinte, com uma noite repleta de estrelas e a Lua Cheia linda e esplendorosa, aberto num parque próximo de sua casa. 

Muitos se reúnem em grupos, os chamados covens, outros, por falta de amigos adeptos da religião seguem seu caminho solitariamente e não deixam de ser Wiccans por isso. 

Não acreditamos em pecados, infernos, purgatórios...acreditamos que o que fizermos pagamos aqui mesmo 

O paganismo, em particular a Wicca, na verdade possui membros em todas as partes do mundo. Somos uma gigantesca e antiga família, que busca a liberdade e que adora a Grande Deusa.

ACREDITAMOS

- na reencarnação; 

- nos aspectos feminino e masculino da divindade; 

- que devemos respeito por nosso planeta e por todo e tudo que dele faz parte; 

- que Homens e mulheres são iguais , não havendo qualquer superioridade entre um sexo e outro; 

- que nosso templo é nosso círculo, seja ele erguido entre 4 paredes ou no meio da própria natureza; 

- No respeito a todos, bem como respeitamos o credo de todos; 

- NÃO!!! acreditamos em demônios, diabos ou coisas do gênero, 

CELEBRAMOS... 

- nossas Sabás nas datas exatas, ou seja, 8 Sabás e todos os Esbás (Ritual da Lua Cheia) 

NÃO FAZEMOS... 

- Pregações do nosso credo; 

- converções de ninguém; 

- sacrificamos seres vivos, sejam eles humanos ou ; 

- orgias ou perversidades sexuais.






Bençãos Plenas!